Insurgentes fizeram dezenas de mortos no ataque de 24 de março em Palma, distrito no extremo norte da província de Cabo Delgado, Moçambique.
Soldados protegem acampamento para deslocados de Palma.
POR HERMÍNIO JOSÉ
MAPUTO, MOÇAMBIQUE
O Governo moçambicano, em conferência de imprensa, na noite de domingo (28), em Maputo, confirmou as mortes em Palma, sem especificar números exatos. As Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a desdobrar-se para restabelecer a ordem e a segurança na vila sede do distrito de Palma, referiu o porta-voz do Governo numa breve conferência de imprensa sem direito a perguntas, na capital do País.
Governo confirma mortes por terroristas
Segundo Omar Saranga, “um grupo de terroristas penetrou, dissimuladamente, na vila sede do distrito de Palma e desencadeou acções que culminaram com o assassinato cobarde de dezenas de pessoas indefesas e danos materiais em algumas infraestruturas do Governo”.
Os ataques em Palma acontecem depois de uma relativa calma e paulatino regresso das populações às suas zonas de origem. Porém, para a surpresa de todos, os homens armados encapuzados voltaram a atacar.
E a partir de Pemba, o o Pe. Edgar, missionário brasileiro em serviço na diocese de Pemba, relata com tristeza o ataque da última quarta-feira, à vila de Palma, onde decorrem obras de grande envergadura para a exploração do gás natural.
Número de desaparecidos é incerto e o desepero é maior
Na sequencia do mais recente ataque a Palma, há varias pessoas que chegam a Pemba, e este domingo dezenas de deslocados foram recebidos, num ar de profundo desespero das famílias. O Reino Unido e outros países também busca informações de seus cidadãos. Os EUA prometem apoio.
De referir que os ataques terroristas em Cabo Delgado, norte de Moçambique, eclodiram em outubro de 2017 e já fizeram mais de 2 mil mortos, mais de meio milhão de deslocados, para além de deixar um rasto de destruição severa de infra-estruturas sociais e económicas, entre públicas e privadas.